Uma pesquisa demonstrou pela primeira vez como uma simples troca na posição de itens em supermercados pode influenciar escolhas mais saudáveis dos clientes e aumentar o consumo de frutas e hortaliças em até seis porções extras por semana.
O estudo, publicado na revista PLoS Medicine em setembro, trouxe pela primeira vez evidências de como o arranjo de produtos nas gôndolas de mercados levam a escolhas mais ou menos saudáveis pelos consumidores.
A pesquisa foi realizada em seis lojas de uma rede de supermercados localizadas em uma área de menor poder aquisitivo na Inglaterra. Três destes estabelecimentos mantiveram-se iguais e os restantes sofreram alteração na localização dos produtos.
Alimentos ultraprocessados e com excesso de açúcar e gordura, como chocolates, balas e outros doces foram dispostos no fundo das lojas, enquanto alimentos frescos, como frutas, verduras e legumes ficaram em evidência na entrada e nos corredores em frente aos caixas.
A mudança na disposição desses alimentos elevou a compra dos itens saudáveis em até 10 mil unidades por semana. Já a venda de doces e balas foi reduzida em até 1.500 unidades semanalmente.
Apesar de ser uma ideia já muito explorada do ponto de vista publicitário, não havia nenhuma evidência científica de benefício mútuo de retirada desses produtos da parte anterior das lojas e troca por alimentos mais saudáveis.
Na cidade do Rio de Janeiro, tramita o projeto de lei 1662/2019, que determina uma série de medidas para regulamentar a oferta e a exposição de alimentos em cantinas e refeitórios escolares.
Caso seja aprovado, escolas não poderão vender nem oferecer refrigerantes, sorvetes industrializados, salsichas, salgadinhos de pacote e outros alimentos ultraprocessados. Nos estabelecimentos comerciais, esse tipo de produto terá que ficar em prateleiras fora do alcance das crianças pequenas e avisos sobre a lei precisarão ser instalados.
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