Brasil é referência internacional e tem a maior e mais complexa rede do mundo
créditos: SES/RJ
Uma das políticas públicas de incentivo à amamentação, os bancos de leite humano representam uma ferramenta importante de apoio para bebês prematuros ou de baixo peso que não podem ser amamentados.
A doação de leite é fundamental para ampliar as chances de recuperação dos bebês internados em UTIs neonatais, além de proporcionar um desenvolvimento mais saudável por toda a vida. Toda mulher e outras pessoas que amamentam são potenciais doadoras de leite humano.
A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano foi criada no final dos anos de 1990, por iniciativa do Ministério da Saúde e da Fundação Oswaldo Cruz, com a missão de promover, proteger e apoiar o aleitamento, além de coletar e distribuir leite humano com qualidade certificada, contribuindo para a redução da mortalidade infantil.
Em 2001, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a iniciativa como uma das ações que mais contribuíram para a redução da mortalidade infantil no mundo, na década de 1990.
Segundo as normas brasileiras, a doação de leite humano deve ser voluntária e basta a mulher ou pessoa que amamenta ser saudável e não tomar medicamento que interfira na amamentação. Para doar, é necessário entrar em contato com um posto de coleta ou banco de leite humano para receber todas as orientações sobre a maneira de coletar, armazenar e transportar o leite doado. A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano disponibiliza na internet a lista dos bancos e dos postos de coleta.
Após a entrega, o leite doado é pasteurizado, submetido a controle de qualidade, e, posteriormente, distribuído para recém-nascidos prematuros e/ou crianças doentes internadas em hospitais. Qualquer quantidade pode ajudar.
O Brasil tem a maior e mais complexa rede de bancos de leite humano do mundo, sendo referência internacional por utilizar estratégias que aliam baixo custo e alta qualidade e tecnologia. São 222 bancos em funcionamento no país e mais 217 postos de coleta de leite.
Para a implantação de um banco de leite humano em um município, existem critérios mínimos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
Em uma revisão das pesquisas sobre o tema, este artigo identificou algumas dificuldades na manutenção dos estoques, como questões logísticas, resistência por parte de mulheres e pessoas doadoras, além de falta de tempo para realizar os processo de higienização e armazenamento dos frascos adequados.
A recomendação atual é que a criança seja amamentada já na primeira hora de vida e por dois anos ou mais. Nos primeiros 6 meses, a recomendação é de amamentação exclusiva. Depois disso, a criança pode receber outros alimentos, sempre com orientação de um profissional habilitado e seguindo, preferencialmente, as recomendações que constam no Guia Alimentar Para Crianças Brasileiras Menores de Dois Anos, do Ministério da Saúde.
Saiba mais sobre os bancos de leite humano no Brasil: https://rblh.fiocruz.br/pagina-inicial-rede-blh
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